Os preços do petróleo caíram nos últimos dias em meio às expectativas de que os EUA poderiam anunciar em breve uma liberação de sua Reserva Estratégica de Petróleo (SPR).
Há também a possibilidade de que outras grandes nações consumidoras sigam o exemplo com lançamentos de petróleo.
A queda dos preços se estenderam hoje (19/11), com o barril do Brent caindo mais de 2%, cotado a US$ 79,30, e o WTI caindo 2,57%, ao preço de US$ 76,89o barril.
Esforço coordenado para aumento de oferta
Um impasse entre o presidente Joe Biden e os produtores de petróleo e gás na Bacia do Permian está se desenvolvendo à medida que os preços continuam subindo.
O presidente Biden acusou a indústria de petróleo e gás de adotarem uma “conduta ilegal”, já que os executivos do petróleo enriquecem com a alta dos preços do petróleo e pediu uma investigação federal sobre o assunto.
Os perfuradores ainda estão adiando o aumento da produção em outras bacias, uma vez que continuam a desfrutar de lucros altíssimos, enquanto procuram evitar outro ciclo de “expansão e queda” que paralisou a indústria no passado.
Para contornar essa situação, os EUA poderiam agir em direção de liberar sua Reserva Estratégica de Petróleo, aumentando a oferta e diminuindo os preços até que a produção seja retomada.
As expectativas são de que essa estratégia seja implementada em conjunto com outros países.
Os EUA supostamente pediram à China e a outros grandes consumidores, como Índia, Coréia do Sul e Japão, que liberassem petróleo de seus estoques estratégicos também, em um esforço coordenado para reduzir os preços do petróleo.
A China já está trabalhando na liberação de petróleo bruto, disse um porta-voz da Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas à Bloomberg na quinta-feira.
Oferta será maior em 2022
No início desta semana, a Agência Internacional de Energia (EIA) disse que os primeiros sinais mostravam que os estoques de petróleo da OCDE já haviam começado a aumentar em outubro.
Depois de atingir uma baixa de seis anos em setembro, os estoques de petróleo comercial nos países da OCDE evidenciaram um aumento marginal em outubro, disse a AIE na terça-feira em seu Relatório do Mercado de Petróleo de novembro.
Com isso, a EIA avalia que os preços do petróleo bruto devem cair no próximo ano dos níveis atuais de cerca de US$ 80,00 o barril para US$ 72,00.
A previsão é que os estoques globais começarão a se acumular novamente com a oferta crescendo mais do que a demanda. O superávit esperado no mercado é devido ao aumento da produção dos Estados Unidos e do grupo OPEP+.